A chuva no Rio de Janeiro começou no final da tarde do dia 5 de abril, muitas pessoas que saiam do seu trabalho ficaram presas ou ilhadas pois havia muitos trechos alagados e na tentativa de passar ficavam presos no engarrafamento e muitos acabaram abandonando seus carros a procura de um local seguro. No dia 6 de abril, as escolas das redes municipal e estadual, as universidades e a maior parte dos estabelecimentos da rede particular suspenderam as aulas. Vários órgãos públicos e grandes empresas, públicas e privadas, também pararam as atividades, porque os diversos pontos de alagamento, impedem o deslocamento de funcionários até o trabalho.
Os maiores danos das chuvas que ocorreram no rio de janeiro mais concentrados no morro do Bumba, que abrigava moradias precárias, era ocupado por um antigo lixão que havia sido desativado em 1981. Desde sua desativação foram construídas habitações. Desde o início dos anos 2000, já vinham sendo registrados deslizamentos de terras e desabamentos de casas. Todavia, a expansão do assentamento foi tolerada e mesmo estimulada pelo Poder Público municipal, que, em 1996, realizou obras de urbanização sobre terrenos onde nada deveria ser construído, Os riscos para a população eram conhecidos. Além da instabilidade do terreno, a decomposição do lixo resulta na produção do metano e de chorume. As casas no Morro do Bumba, soterradas pelos deslizamentos de terras, nem sequer estavam na lista das moradias consideradas em áreas de risco pela prefeitura local. Por isso a tragédia pode ser considerada “anunciada” porque todos tinham consciência do perigo e sabiam que ocorreria, a tragédia ocorreu por varios motivos, por ser construida em um local instável, por uma precipitação intensa de chuva...mais ainda fica a pergunta. De quem é a culpa? Do governo que não desapropriou as terras ou a da ignorância das pessoas em morrar em um local de risco, talvez pela falta de opção?
Faiga D. Link
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